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terça-feira, setembro 4

Inventor cria máquina de sushis para facilitar produção em restaurantes

 
Eugênio Ferrão, criador da máquina de fazer shushis e da franquia Japa Express
Eugênio Ferrão, criador da máquina de fazer
shushis e da franquia Japa Express


Eugênio Ferrão, criador da máquina de fazer shushis e da franquia Japa Express
Com mais de 40 invenções no currículo, desde sandálias sem correias até uma fita adesiva que permite saber a quantidade de gás dentro de botijões domésticos, o inventor Eugênio Ferrão, 49, transformou em negócio sua principal criação: uma estação de fazer sushis.

Formada por 16 máquinas diferentes, a Sushi Station “industrializa” a produção da iguaria japonesa e é capaz de fazer mais de 150 variedades do prato. Segundo o criador, a linha de produção faz entre 400 e 500 unidades de sushi por hora, dez vezes mais do que o modo tradicional, feito manualmente por um sushiman.

  O equipamento tem como público-alvo padarias, churrascarias, quiosques de lanches, peixarias, supermercados e qualquer estabelecimento no ramo de alimentação que queira aumentar os rendimentos vendendo sushis.

“A proposta é reduzir os custos de produção, diminuindo o preço final do produto em 30%, com margem de lucro 50% maior do que é praticado no mercado hoje”, afirma.


Conheça equipamento para fazer sushis




 A estação de trabalho Sushi Station é capaz de produzir mais de 150 iguarias.
Por hora, podem ser feitos entre 400 e 500 unidades, dez vezes mais do que o modo tradicional.
 
Para preparar o sushi, são colocados a alga, o arroz e o filé de salmão. A máquina vai enrolar os ingredientes, poupando um trabalho que seria feito manualmente.
 
Depois de enrolado, o sushi assume uma forma cilíndrica. Ele é colocado em uma forma com vários cortes, todos do mesmo tamanho. Após o corte, o sushi fica pronto para o consumo, todos padronizados com o mesmo tamanho e peso.
 
Após o corte, o sushi fica pronto para o consumo,
todos padronizados com o mesmo tamanho e peso.
 
Outra variedade preparada pela Sushi Station é o temari, um bolinho de arroz arredondado, coberto com filé de peixe e creme. Com o auxílio de um molde, o arroz ganha um aspecto uniforme. A parte de cima fica arredondada, enquanto a parte de baixo fica achatada, o que ajuda na decoração do prato final.
  

O arroz é colocado em um molde junto com o filé de
peixe e passa por uma espécie de prensa.

A estação de trabalho Sushi Station é capaz de produzir mais de 150 iguarias, algumas decoradas especialmente para as crianças. Por hora, podem ser feitos entre 400 e 500 unidades,
dez vezes mais do que o modo tradicional.
Alto gasto com sushiman motivou invenção
A ideia de criar o equipamento surgiu quando Ferrão abriu um restaurante de comida japonesa em Balneário Camboriú (SC), em 2009. Como não conhecia nada sobre a cozinha oriental, precisou contratar um sushiman para preparar os pratos.

No entanto, o retorno financeiro não foi o esperado. O empreendedor percebeu que era refém do profissional e o custo fixo para mantê-lo era elevado. A partir daí, Ferrão passou a observar como os sushis eram preparados e notou que algumas etapas artesanais poderiam ser substituídas por processos otimizados.

“A necessidade é a mãe da invenção. Um sushiman não era suficiente para dar conta da demanda de um restaurante, precisaria de mais dois ou três”, diz. Ferrão visitou mais de 80 restaurantes do mundo todo para aperfeiçoar a invenção, da qual detém a patente. Foram necessários 16 meses para conclui-la.
Com isso, Ferrão deixou para trás o restaurante japonês em Santa Catarina e, por conta de incentivos fiscais, decidiu se mudar para a cidade de Panamirim, na região metropolitana de Natal (RN), para tocar o novo negócio.

Novo equipamento gera discussões

A nova forma de fazer sushis causa polêmica. De acordo com Ferrão, algumas pessoas o acusaram de tirar o emprego dos sushimans. Ele, por sua vez, defende-se dizendo que a estação de trabalho é uma alternativa para dar ao mercado mais rapidez e segurança alimentar do que o processo tradicional oferece.

“Um restaurante tradicional japonês não vai comprar o equipamento. O negócio é voltado ao pequeno empreendedor que trabalha com alimentação e quer trazer um novo produto, mas não tem estrutura para suportar o modelo tradicional com sushiman.”

Invenção deu origem a rede de franquias

Além de comercializar o equipamento para pequenos empreendedores, Ferrão criou a própria rede de franquias de culinária japonesa, a Japa Express. Ao todo, são oito franqueados em atividade pelo país, todos utilizando a estação de fazer sushis criada pelo inventor.

Depois de participar de participar de uma feira de negócios na capital paulista, em 2010, o empresário iniciou conversas com uma grande rede de hipermercados para a abertura de 44 quiosques. Próximo de fechar o acordo, Ferrão prevê o crescimento da empresa. “Com 44 unidades próprias, já seremos uma grande rede”, declara.

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